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Nesta quinta-feira (25/11) o prof. Dr. Antonio Filipe Pereira Caetano (UFAL) apresentou a trajetória de Manoel de Moraes, filho mestiço de um bandeirante paulista com uma portuguesa da nobreza, que torna-se jesuíta e depois renega o catolicismo para se colocar ao lado dos holandeses na conquista de Pernambuco. Abandonando sua formação religiosa vai para Holanda, casa-se duas vezes, tem 3 filhos, é condenado pela Inquisição portuguesa e sua estátua queimada simbólicamente, depois em mais uma surpreendente reviravolta renega o calvinismo e tenta aproximar-se do catolicismo em seu retorno ao Brasil, onde se amanceba com a escrava Beatriz. Esse percurso de traições religiosas, amorosas e políticas é descrito no livro "Traição. Um Jesuíta a Serviço do Brasil Holandês Processado Pela Inquisição" de autoria de Ronaldo Vainfas (UFF).
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A leitura do livro integrou as atividades da I Jornada Científica do GEMPS/CNPq e do GEPHIM/CNPq: Instituições Museais e a Patrimonialização das fontes sergipanas, realizada de 24 a 27 de novembro no IHGSE, Memorial do Poder Judiciário do Estado de Sergipe, Museu do Homem Sergipano e auditório da ESMESE, com a participação de significativos pesquisadores e diretores de instituições de pesquisa sergipanas, além do prof. Dr. Antonio Filipe Caetano, especialista em História Colonial e professor de Paleografia na UFAL-Maceió.