terça-feira, 27 de julho de 2010

O crime do restaurante chinês (Boris Fausto) por Janaina C. Mello


Na terça-feira (10/08), no auditório da ESMESE no Palácio da Justiça Tobias Barreto teve início o curso de extensão "Os caminhos da micro-história: obras selecionadas" com a análise da obra: "O crime do restaurante chinês - carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30" do historiador (também formado em Direito) Boris Fausto pela Profa. Dra. Janaina Cardoso de Mello (GEMPS/NMS-UFS).
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O episódio do assassinato ocorrido na capital de São Paulo em 02 de março de 1938, tendo como vítimas um casal de chineses, um lituano e um brasileiro, envolveu vários suspeitos e dentre eles o negro Arias em meio à sua paixão pelo carnaval e sua semelhança com o jogador de futebol Leônidas. Em três julgamentos confrontavam-se o contexto da imigração, as prerrogativas da investigação policial-pericial, as diretrizes do Direito e o viés de uma antropologia criminal, baseada em uma psicologia positivista traçando o perfil do réu a partir de critérios de inferioridade biológica.
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A discussão apresentada pode ser encontrada na íntegra no site:

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ficha de Inscrição

Memorial do Poder Judiciário de Sergipe
Universidade Federal de Sergipe - UFS
"Os caminhos da micro-história: obras selecionadas"

Nome: ___________________________________________________
Filiação e /ou Formação Acadêmica:_______________________________
Curso:____________________________________________________
Filiação Profissional:__________________________________________
Endereço:_________________________________________________
Tel:______________ Cel:______________ E-mail:_________________

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**O interessado deverá fazer um "copy e cole" com os dados da "ficha de inscrição" (modelo anexo) em um arquivo word ou no corpo de seu email e enviar para o email: microhistoria.memorial@gmail.com

Mini-biografia dos Debatedores

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Janaina Cardoso de Mello é bacharel e licenciada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Especialista em História Contemporânea pela Universidade Federal Fluminense (UFF); Mestre em Memória Social e Documento pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Doutora em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É professora Adjunta I do Núcleo de Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memória e Patrimônio Sergipano - GEMPS/CNPq; É pesquisadora FAPITEC-SE.



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Antonio Lindvaldo Sousa possui licenciatura, bacharelado em História e especialização em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe. Mestrado em História pela UFMG e doutorado em História pela Unesp. É professor efetivo do Departamento de História da UFS, dede 1993. Tem experiência na área de História local (Sergipe), atuando principalmente nos seguintes temas: religiosidades, memórias, identidades, culturas e trajetórias de vidas. Opta em estudar personagens à margem da História ou aqueles que remetem entender aspectos da cultura do seu tempo (também não anônimos). Estuda especificamente o periodo colonail até as primeiras décadas do século XX. Lidera o grupo de pesquisa "Culturas, Identidades e Religiosidades"- GPCIR/CNPq.

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Marcos Silva possui graduação em História Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mestrado e doutorado em História da Educação pela UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba). Atualmente é professor adjunto na Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de História, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Educação, Ensino de História e Criptojudaísmo.






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Rafael Santa Rosa Cerqueira é graduado em História pela Universidade Tiradentes (UNIT), professor da ORES/UVA, Coordenador de pesquisas e exposições no Memorial do Poder Judiciário de Sergipe, pesquisador sobre a presença cigana em Sergipe no século XIX.





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Hyppolyte Brice Sogbossi possui graduação em Língua e Literaturas Hispânicas - Universidad de La Habana, doutorado em Ciências Filológicas pela mesma universidade em Cuba. Mestrado em Antropologia Social - Fórum de Ciência e Cultura, Universidade Federal do R.J. Museu Nacional, PPGAS, doutorado em Antropologia Social - Fórum de Ciência e Cultura, MN/UFRJ/PPGAS. Atualmente é professor adjunto IV do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe. Membro do Conselho Deliberativo do neab/ufs - CECH, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros. É membro efetivo do Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, mestrado em Sociologia da UFS.Também é líder do Grupo de Pesquisa em Ciências da Religião e do Grupo de Pesquisa em Estudos Étnicos e Relações Interétnicas (GERTS), ambos da UFS. Vice-coordenador do Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa em Antropologia da Instituição.Tem experiência na área de Letras, com atuação em lingüística Hispânica, sóciolingüística, dialetologia. Na etnolingüística das populações afroamericanas, tem trabalhos publicados sobre a presença lingüístico-cultural daomeana no Brasil, Haiti e em Cuba .Tem experiência também na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia da religião, relações interétnicas, antropologia das populações afro-americanas (Cuba, Haiti e o Brasil) e africanas.
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Samuel Barros de Medeiros Albuquerque é professor da Universidade Federal de Sergipe - UFS (Campus de Laranjeiras), vinculado ao Núcleo de Museologia. Graduado em História (UFS) e Mestre em Educação (UFS), está concluindo o curso de doutorado em História (UFBA), iniciado em 2008. Atualmente, preside o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Além de muitos estudos publicados em periódicos científicos, é autor da obra "Memórias de Dona Sinhá" (2005), onde analisa o texto de memórias de Aurélia Dias Rollemberg, sergipana que viveu entre 1863 e 1952. Tem experiência na área do ensino e da pesquisa em História e Museologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: história da educação, história das mulheres, história da educação feminina (preceptoria), privilegiando o espaço brasileiro e sergipano, entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX, sob a ótica da Nova História Cultural.
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Bruno Gonçalves Alvaro é Professor Assistente de História Antiga e Medieval na Universidade Federal de Sergipe. Graduado em História, possui mestrado em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atualmente é doutorando no mesmo programa e instituição. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Medieval. Atua como pesquisador no Vivarium (Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo) da Universidade Federal do Mato Grosso e, ainda, como pesquisador colaborador no Programa de Estudos Medievais (Pem) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Preocupa-se em analisar no doutoramento a atuação guerreira dos bispos de Sigüenza, entre os séculos XII e princípios do XIII, comparando-a às normativas canônicas que proibiam aos clérigos a prática militar, o porte de armas e a participação em sentenças de sangue. Também tem interesse nos seguintes temas: História dos Concílios Medievais Ibéricos e Romanos - Relações entre Igreja e Cavalaria - Península Ibérica na Idade Média Central - Estudos de Teoria e Metodologia da História.
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Antonio Filipe Pereira Caetano possui graduação em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, atuando principalmente nos seguintes temas: história do brasil, história de alagoas, história local, movimentos sociais e história politica. Coordenou o Núcleo Estudos Argonautas (NEAR),foi editor da Revista Cabanos e atuou na Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL). Atualmente é Professor Adjunto na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) onde coordena o GEAC (Grupo de Estudos Alagoas Colonial).
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Manuel Luiz Belarmino é graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e atualmente exerce suas funções no Memorial do Poder Judiciário de Sergipe.





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Mariana Emanuelle Barreto de Gois possui graduação em História pela Universidade Tiradentes (UNIT). Mestranda em História Social pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Pós Graduada em Ensino e Identidade Cultural em Sergipe pela Faculdade Atlântico. Curso de Extensão em Mídias na Educação pela Universidade Federal de Sergipe. Exerceu a Tutoria Presencial do Curso de História UFS/UAB. Integrane do Grupo de Pesquisa GEPESC/UNIT. Possui experiência na área de História com enfãse em gênero, violência e justiça no oitocentos.
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Inscrições e Certificados

As inscrições serão GRATUITAS!
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Vagas: 50, sendo 10% destinadas aos funcionários do Tribunal de Justiça de Sergipe.
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Certificados: expedidos pela PROEX, impressos no Memorial do Poder Judiciário de Sergipe e entregues aos participantes com até 75% de presença no último dia do evento.
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Carga horária: 40horas.
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Procedimento: O interessado deverá fazer um "copy e cole" com os dados da "ficha de inscrição" (modelo anexo no outro post) em um arquivo word ou no corpo de seu email e enviar para o email: microhistoria.memorial@gmail.com
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**A alocação de vagas será realizada por ordem de envio de email. No dia 06 de agosto será liberada no blog a lista de inscritos, e email de confirmação para os mesmos.

Programação

"Os caminhos da Micro-história: obras selecionadas"
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10 de agosto:
Obra: O crime do restaurante chinês - carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30 (autor: Boris Fausto)
Debatedora: Profa. Dra. Janaina Cardoso de Mello (GEMPS/NMS-UFS)
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26 de agosto:
Obra: A herança imaterial - trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII (autor: Giovani Levi)
Debatedor: Prof. Dr. Antonio Lindivaldo Sousa (DHI-UFS)
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09 de setembro:
Obra: O queijo e os vermes (autor: Carlo Ginzburg)
Debatedor: Prof. Dr. Marcos Silva (DHI-UFS)
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23 de setembro:
Obra: Trabalho, Lar e Botequim (autor: Sidney Chalhoub)
Debatedor: Prof. Rafael Santa Rosa Cerqueira (MPJSE/ORES-UVA)
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07 de outubro:
Obra: A interpretação das culturas (autor: Clifford Geertz)
Debatedor: Prof. Dr. Hippolyte Brice Sogbossi (DCS-UFS)
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21 de outubro:
Obra: Memórias de Dona Sinhá (autor: Samuel Barros de Medeiros Albuquerque)
Debatedor: Samuel Barros de Medeiros Albuquerque (NMS-UFS/IHGSE)
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04 de novembro:
Obra: Montaillou - Cataros e Católicos em uma aldeia Occitana (autor: Emmanuel Le Roy Ladurie)
Debatedor: Prof. Msc. Bruno Gonçalves Álvaro (DHI-UFS)
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25 de novembro:
Obra: Traição - um jesuíta a serviço do Brasil holandês processado (autor: Ronaldo Vainfas)
Debatedor: Prof. Dr. Antonio Filipe Pereira Caetano (Departamento de História-UFAL)
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02 de dezembro:
Obra: O retorno de Martin Guerre (autora: Natalie Zemon Davis)
Debatedor: Prof. Manoel Luiz Belarmino (MPJSE)
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09 de dezembro:
Obra: Caetana diz não (autora: Sandra Lauderdale Graham)
Debatedora: Profa. Mestranda Mariana Emanuelle Barreto de Góis (UEFS)
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Horário: 14h às 18h
Local: Memorial do Tribunal de Justiça de Sergipe (Auditório)
Palácio Sílvio Romero, Praça Olímpio Campos, 417 - Centro. Aracaju / Sergipe

"Os caminhos da micro-história: obras selecionadas"


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Apresentação
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A micro-história pode ser entendida como uma prática metodológica que possibilita, por meio do jogo de escalas de análise, a apreensão de aspectos que passariam despercebidos em escalas macroanalíticas, em análises estruturais, quantitativas e seriais. Permite a complexificação do social em que, nas palavras de Jacques Revel: "o individual não é contraditório ao social por aquele possibilitar a apreensão de aspectos diferentes do último". Utilizar o nome como fio condutor, nesse sentido, é uma interessante estratégia narrativa por situar o sujeito e suas relações como protagonistas do processo histórico, sem perder de vista as outras escalas que se inter-relacionam e compõem uma complexa trama histórica, para além de uma simples história local ou estudo de caso.
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(Melina Perussatto)
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Partindo dessa pequena definição, o Memorial do Poder Judiciário de Sergipe em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Memória e Patrimônio Sergipano - GEMPS/CNPq da Universidade Federal de Sergipe (UFS) convida aos interessados no tema a comparecer no Curso de Extensão "Os caminhos da micro-história: obras selecionadas", onde duas quintas-feiras por mês (de agosto a dezembro de 2010), algumas obras de autores internacionais e nacionais serão analisadas em sua contrução narrativa e metodológica por renomados profissionais da área de história.
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Foram portanto, escolhidas obras de autores como Carlo Ginzburg, Giovanni Levi, Clifford Geertz, Boris Fausto, Sidney Chalhoub, Emmanuel Le Roy Ladurie, Ronaldo Vainfas, Samuel Barros de Medeiros Albuquerque, Natalie Zemon Davis e Sandra Graham.
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Servindo como tema de estudo para as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a micro-história congrega uma interdisciplinaridade possível entre os campos da história, das ciências sociais, da antropologia, da museologia, da filosofia, das letras e outras áreas afins.
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Mais do que discutir a teoria presente nas obras, busca-se traçar o percurso prático da micro-história através de seus enredos, personagens e conexões, deixando que a escrita encante e nos ensine os caminhos da pesquisa.
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**Mais sobre o Memorial do Poder Judiciário em: http://www.tjse.jus.br/memorial/